Abstenho-me de publicar o que escrevo e de difundir o que penso, porque tenho medo.
Não há liberdade de expressão em Portugal.
E por isso eu não posso dizer nem escrever e publicar o que penso.
Ninguém diz publicamente o que pensa e muito menos o que sabe, porque é perigoso.
O perigo decorre menos do que se diz do que da falta de solidariedade de quem não se quer incomodar.
Temos todos amigos que dizem em privado coisas que, depois, negam em público.
No mundo judiciário as coisas são mais complicadas.
Os juizes e os magistrados do Ministério Público são uma espécie de vacas sagradas que se protegem uns aos outros.
Eles também têm os seus medos. E, por isso, auto-defendem-se.
Só isso justifica que, por regra, não errem para além daqueles erros que são próprios e processuais e que se corrigem com as formalidades dos recursos.
Todos os dias me recomendo contenção.
Mas há dias em que acabo com uma tensão e um revolta que quase me impele o coração para fora do peito.
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